Reunião de Câmara

Categoria: PSD Paços de Ferreira

Estive presente na reunião de Câmara de 18 de fevereiro, juntamente com os vereadores PSD Luís Miguel Martins e Sílvia Ferreira para discutir e votar mais de duas dezenas de pontos.


Mas antes de entrar na ordem do dia, abordámos um tema que preocupa os concidadãos do nosso concelho: as obras! Chamámos a atenção para a forma como está a ser gerido este processo, principalmente para a falta de organização e as manifestas dificuldades de mobilidade para quem se cruza com estas obras. Executadas com fraco planeamento e falta de cuidados para quem circula nas ruas. Vê-se lama nos passeios, falta de sinalização e, mais grave, a população não sabe que intervenções estão a ser feitas porque a Câmara não comunica previamente as obras a executar.


A retirada das paragens de autocarro nas cidades de Paços de Ferreira e Freamunde são outro problema que permanece por resolver. Para quem apregoa que caminhamos para o modelo de cidades urbanas que se querem modernizar, não se compreende esta falta de condições, quando vemos as pessoas à espera do autocarro dispersas pelas ruas, sem qualquer abrigo, principalmente agravado nos dias de frio e chuva. Por isso, eu e os meus colegas vereadores PSD propusemos à Câmara a colocação das paragens nos vários pontos da cidade.


Entrando nos assuntos da ordem do dia, votámos contra o contrato-programa entre a Moveltex e a Câmara Municipal por entender que este documento não está ajustado com a nossa realidade. Não existe um plano ação concreto de apoio às nossas empresas, principalmente nesta fase de pós-pandemia. Este contrato-programa não foi feito a pensar no nosso tecido empresarial, não se compreende que o contrato seja uma mera réplica dos anteriores, e que seja incapaz de se ajustar à atualidade e dinâmica empresarial. Entendo que a Moveltex é, por princípio, uma excelente ferramenta para o desenvolvimento económico, mas não tem sido bem gerido, e lamenta que sirva apenas para a manutenção da máquina socialista. Registamos ainda muitas dúvidas de que a AEPF tenha conhecimento deste protocolo, contrariamente ao que nos foi tentado passar pelo senhor vereador Paulo Ferreira.Referi neste ponto que podia ser o momento para a Moveltex trabalhar o problema da mão-de-obra fazendo parcerias com outras entidades sectoriais, industriais/empresariais, em especial de língua oficial portuguesa, com vista a captação de emigrantes, pois nada disto tem sido feito.


Na votação da descentralização das competências da ação social para as autarquias delineada pelo governo, mostrámos ser a favor da medida, mas contra a forma como está a ser feito pela Câmara Municipal. A criação da Divisão da inovação social retira funções que vinham sendo desenvolvidas pela Divisão da Ação Social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social concelhias no acompanhamento das cerca de 600 famílias do concelho. Defendemos que a descentralização dos serviços de Lisboa para Paços de Ferreira é vantajosa, pela proximidade, mas não compreendemos a necessidade de a Câmara criar uma nova divisão, quando os serviços de Ação Social do Município e das IPSS concelhias estavam a funcionar e tinham um conhecimento aprofundado dos problemas das nossas famílias. A questão social é demasiado sensível para se transformar num caso político e não sabemos os impactos que esta mudança terá nas famílias. Lamentamos que não tenha sido ouvido o Conselho Local de Ação Social. A forma como está a ser conduzido deixa-nos preocupados. A ação social exige processos complexos que levam anos a conquistar e é preciso ter muito cuidado para não se destruir o trabalho desenvolvido, POR TODOS, até aqui.