Este é o refrão de uma conhecida canção de Sérgio Godinho.

Hoje, serve-me de mote para os desejos deste novo ano.

PAZ: é um desejo de todos, todos os anos. Quando no final de 2022, pedíamos que a guerra na Ucrânia terminasse, não imaginávamos estar, no final de 2023, com mais uma guerra devastadora (Israelitas e Palestinianos) e sem grandes perspectivas de entendimento entre os intervenientes destes dois conflitos. Paz para o mundo

PÃO: é do conhecimento de todos, o aumento do número de pobres em todo o mundo e em Portugal, em particular. Que em 2024, se comece a reverter esta tendência. Que os governantes fomentem políticas para que todos tenham condições de trabalho e remunerações justas que lhes permitam dignidade no acesso aos bens essenciais.

HABITAÇÃO: foi dos temas mais falados durante o último ano. Há dias foi apresentado um estudo que dá conhecimento que a maior parte dos jovens entre os 24 e 35 anos, não têm presentemente condições de aquisição de casa própria. E os valores dos arrendamentos também são impeditivos. Há jovens a voltar para casa dos pais porque não têm condições para se manterem independentes.

SAÚDE: Quando acabámos de sair de uma pandemia que exterminou milhares de pessoas, em que os profissionais de saúde foram exemplares e se entregaram completamente no combate dessa doença, assistimos à derrocada do SNS. O caos instalou-se. Urgências fechadas por todo o país. Reorganize-se o SNS, garantam-se as condições de trabalho e as remunerações justas dos seus profissionais. O SNS, como o conhecemos até agora, foi uma das grandes conquistas do pós 25 de Abril. É de capital importância que o preservemos, pela saúde de todos.

EDUCAÇÃO: os professores e alunos tiveram de se adaptar durante a pandemia, a um novo formato de ensino e o esforço foi notório. No último ano, assistimos ao descontentamento generalizado da classe docente. Os responsáveis do Ministério da Educação e os professores ainda não se entenderam. Para além disso, os resultados divulgados recentemente sobre a avaliação dos alunos portugueses são uma vergonha. O PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) 2022 apresentou os piores resultados desde 2015. A percentagem de bons alunos diminuiu e a de maus alunos aumentou. Precisamos de políticas de educação que invertam esta realidade.

Que este novo ano traga paz, pão, habitação, saúde e educação para todos.

Teresa Paula Costa

Fonte: Gazeta de Paços de Ferreira