A Última Assembleia Municipal

Categoria: Notícias, PSD Paços de Ferreira


Na última Assembleia Municipal de Paços de Ferreira, fomos testemunhas de uma abordagem política que não só prejudica o diálogo democrático, como também contribui para a deterioração da imagem do poder local. O presidente da Câmara optou por um discurso inflamado, acusando o Partido Social Democrata (PSD) de estar “obcecado pelo poder” e movido por “interesses pessoais”.
É fundamental esclarecer que tais acusações são infundadas e carecem de qualquer prova ou indício. Ao adotar um discurso populista e cada vez mais brejeiro, o presidente da Câmara não só desvia o foco do debate construtivo que todos desejamos para o concelho, como também tenta fazer esquecer a ausência de mudanças estruturais. Passados dez anos sob a sua liderança, o concelho continua à espera de alterações significativas que melhorem a qualidade de vida da população.


Lamentavelmente, as palavras do presidente só confirmam o velho ditado: “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”. Não foi o PSD que se aliou a um movimento cívico para se lançar numa candidatura à câmara. Também não fomos nós que nomeámos presidentes de junta do nosso partido para cargos de assessoria na vereação. Muito menos colocámos o candidato perdedor de uma junta à frente de uma empresa municipal, nem criámos uma divisão autárquica para “compensar” a perda de uma eleição.


O que se passou na última assembleia foi, sem dúvida, lamentável. Em nome do PSD e em meu próprio nome, temos de pedir desculpas por este triste episódio. Contudo, não podemos esquecer que a responsabilidade maior recai sobre o presidente da câmara e a sua maioria. A postura adotada pelo presidente parece querer condicionar a liberdade das oposições, simplesmente porque estão a cumprir o seu papel democrático de fiscalização. Tal atitude é inaceitável num sistema democrático. Uma atitude que, diga-se, é extensível aos vereadores da maioria PS presentes na Assembleia Municipal, pela forma lamentável e condenável como compactuaram e também abandonaram a sessão, num claro desrespeito pelos direitos democráticos.


Concluo reforçando que o papel de um político autárquico deve ser o de exemplo e liderança. Fomos eleitos para servir a população, e é imperativo que o façamos com dignidade, respeito e, acima de tudo, honestidade. É tempo de voltar ao debate construtivo e focar nas verdadeiras questões que afetam o nosso concelho.