“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”. Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU).

E é Abril, o “nosso mês de liberdade”.

Para quem nasceu, em Portugal, após o 25 de Abril de 1974, a liberdade é um dado adquirido e não é questionável.

Somos livres para expressar opiniões, para defender os nossos valores, e sobretudo para viver em comunidade. E é aqui que temos necessidade de definir limites.

Respeitar a liberdade do outro. Temos até a responsabilidade de dar o nosso contributo para que todos se sintam livres. Quantas vezes no nosso dia a dia condicionamos a liberdade do outro com um simples olhar, um movimento (ameaçador) ou um comentário desapropriado? E se elevarmos a outra dimensão, quantos são os países que sentem a sua liberdade e autonomia ameaçadas? Perante os últimos acontecimentos, nomeadamente a invasão da Ucrânia, pelas forças militares russas, percebemos ainda melhor a importância da liberdade.

A Ucrânia e os ucranianos estão, por estes tempos, privados na sua liberdade. O que mais pedem agora é que os deixem viver no seu país em segurança, sem serem vítimas dos constantes ataques.

Enquanto em Portugal, festejamos o aniversário de uma revolução pacífica que nos libertou de uma ditadura, assistimos, no outro extremo da Europa (quarenta e oito anos depois, imagine-se!), à invasão de um país por parte de outro país vizinho, tentando impor-lhes um regime ditatorial.

Em conversa com alguém responsável pela integração de ucranianos, no nosso país, eu felicitava-a pelo seu empenho, uma vez que participou em todo o processo, desde a viagem e acompanhamento até à sua instalação em boas condições. Modestamente respondeu-me que o seu sonho, agora, é poder acompanhá-los de regresso ao seu país LIVRE.

Teresa Costa

Fonte: Gazeta Paços de Ferreira