Mil cento e cinquenta dias depois

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No passado dia cinco, a Organização Mundial de Saúde (OMS), decretou que a COVID 19 deixou de ser considerada uma emergência sanitária global.

Esta doença continuará a circular na população, mas o que já conhecemos permite-nos controlar e conviver com esta virose, tendo em conta que o maior risco continua a ser para as pessoas mais vulneráveis, como os doentes e os idosos.

Uma das principais lições que aprendemos com a pandemia é a importância da prevenção. Medidas simples, como lavar as mãos regularmente, usar máscaras em locais públicos e manter o distanciamento social, ajudaram a reduzir a transmissão do vírus. É fundamental continuar a respeitar estas medidas.

Outra lição importante foi a necessidade de investir em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias para enfrentar pandemias. O desenvolvimento rápido das vacinas foi um grande avanço, mas também precisamos de investimentos em terapias, meios de diagnóstico e tecnologias para monitorizar a disseminação de doenças infecciosas. É fundamental valorizar os investigadores e proporcionar-lhes condições de trabalho.

Esta pandemia também evidenciou a necessidade de um sistema de saúde forte e bem preparado para lidar com crises sanitárias. Precisamos de um Sistema Nacional de Saúde que seja capaz de responder rapidamente a emergências, com recursos e pessoal adequados Mais uma vez está em causa a valorização e condições de trabalho dignas para os profissionais de saúde, que durante a pandemia foram exemplares, no combate à doença.

Para prevenir futuras pandemias, também é fundamental mudar o comportamento humano em relação à natureza. A destruição de habitats naturais, o comércio ilegal de animais selvagens e a agricultura intensiva, são algumas das principais causas da disseminação de zoonoses (doenças que são transmitidas de animais para humanos ou vice versa). Devemos implementar práticas mais sustentáveis e responsáveis para proteger a biodiversidade e a saúde humana.

A pandemia da COVID-19 também teve um grande impacto na economia global e na vida das pessoas. Para recuperar a forma como vivíamos anteriormente, é preciso continuar a investir na vacinação e na redução da transmissão do vírus. Só assim será possível retomar as actividades económicas e sociais e ultrapassar as consequências psicológicas da pandemia, como a ansiedade e o isolamento social.

Teresa Paula Costa

Fonte: Gazeta de Paços de Ferreira