Política “musculada” da Câmara Municipal

Categoria: Notícias, PSD Paços de Ferreira

São cada vez mais evidentes as medidas de asfixia adotadas pelo Estado português ao setor privado. Ficámos a saber esta semana que 99,2% dos valores aprovados para o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) será aplicado no setor público (Estado, Autarquias, Escolas, Universidades), ficando apenas 0,8% do bolo para o setor privado (empresas, famílias, IPSS). Estes números identificam os caminhos escolhidos pelo governo socialista, uma gestão do controlo estatal e da desconfiança sobre a força económica e social dos privados. Os portugueses atravessam um ciclo difícil para as suas famílias e para as suas empresas, mas as adversidades enfrentadas têm sido ultrapassadas com resiliência, característica dos portugueses. Tivemos momentos de superação no período crítico da pandemia e agora temos demonstrado a nossa força solidária para com o povo ucraniano, participando em iniciativas que muito orgulham o país.


Enquanto isso, o Governo socialista continua a retirar o máximo de autonomia ao setor privado, passos esses seguidos pelo executivo do mesmo partido que gere a nossa Câmara Municipal. O vereador Paulo Ferreira ainda recentemente demonstrou não ter confiança nas nossas instituições privadas quando falou da necessidade de ter uma Câmara Municipal mais “musculada”. Numa reunião de Câmara de fevereiro, o senhor vereador disse o seguinte: “A Câmara Municipal deveria ser cada vez mais musculada, deveríamos assumir cada vez mais competências e assumi-las, porque entendemos que podemos fazer um melhor trabalho”. Uma frase com a qual eu discordo caso esta prerrogativa sirva para que a Câmara Municipal, a título de exemplo, tente substituir instituições com várias décadas de trabalho social no nosso concelho, como são o caso das IPSS existentes. No meu entendimento, as nossas IPSS desenvolvem um trabalho meritório precisando, isso sim, de um maior apoio estatal, neste caso, por parte da Câmara Municipal. Assim, além de assegurar o seu serviço social, ainda o pode ir alargando e complementando ao longo do tempo.


Assim, contrariamente ao governo da nação e ao do concelho, eu não defendo que a Câmara Municipal seja ainda mais musculada, sobretudo nesta vertente social, mas sim que dê musculo a quem tão bem tem trabalhado na nossa terra em prol da nossa comunidade, como o são exemplo as nossas IPSS.

Alexandre Costa

Fonte: Gazeta Paços de Ferreira