“O mundo está cheio de velhos. Os que o são e os que o seremos um dia”
Carmen Garcia
Portugal tem uma população envelhecida. Cada vez há mais pessoas idosas a necessitar de cuidados e acompanhamento.
O envelhecimento é uma fase natural da vida, mas acarreta desafios e necessidades específicas. As famílias, raramente conseguem satisfazer completamente estas necessidades porque têm as suas ocupações profissionais e não têm disponibilidade para acompanhar da melhor forma as pessoas idosas. O recurso a centros de dia, serviços de apoio domiciliário e mesmo a lares (as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – ERPI) é a solução.
Estes serviços estão, na sua maioria, entregues a IPSS, que têm feito um esforço enorme para manter uma oferta digna e variada, permitindo não só o acompanhamento básico, mas também as necessidades emocionais e sociais dos utentes. Para isso , investem em profissionais competentes permitindo o desenvolvimento de actividades físicas, intelectuais e de lazer fundamentais nesta fase da vida. O objectivo é fomentar um envelhecimento activo, estimulando a socialização e a autonomia dos idosos.
Nestes últimos tempos, as IPSS vão gerindo os seus recursos com muita dificuldade, com os aumentos dos custos em recursos energéticos, bens alimentares e recursos humanos. Todos os apoios são bem vindos. É urgente um reforço financeiro, da parte da Segurança Social, para manter um acompanhamento digno no fim de vida dos nossos idosos.
É necessário e urgente investir em mais lares e mais apoios aos idosos. E a possibilidade de recorrer ao PRR é a oportunidade, para compensarmos os 320 lares que foram encerrados nos três últimos anos, por falta de condições, e aumentar a oferta, num país com tão elevado número de idosos.
O Governo e o Poder Local devem apoiar e apostar nestas instituições, para garantir dignidade no envelhecimento da população.
Teresa Paula Costa
Fonte: Gazeta de Paços de Ferreira