Atas concursais adulteradas exigem uma explicação do executivo PS

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O PSD Paços de Ferreira trouxe na semana passada ao conhecimento público uma situação que considero de gravidade extrema numa gestão de uma Câmara Municipal que se quer, naturalmente, transparente nas suas ações e decisões.


O PSD Paços de Ferreira, enquanto partido de oposição e com responsabilidade perante os munícipes tem efetuado um trabalho de levantamento dos problemas no concelho, com propostas e de fiscalização às decisões do executivo PS. No percurso deste trabalho encontrou, no site do município, duas atas do mesmo procedimento concursal para contratação de três técnicos superiores para a área social. Ora, trata-se de uma clara manipulação das atas e por sua vez dos seus resultados, com implicações diretas na ordem final dos candidatos e que coloca em causa a veracidade deste concurso. Este artifício é grave e envergonha o nosso município, perante os inúmeros candidatos de vários pontos do país, que assim ficaram a perceber o modus operandi deste executivo PS, pela sua forma irresponsável, incompetente e com princípios que me parecem constituir ilegalidade.


Para além disso, este concurso, demonstra a incompetência e irresponsabilidade de quem está a gerir o departamento da ação social (ex. candidata à junta de Paços de Ferreira pelo Partido Socialista), que deve assumir publicamente as suas responsabilidades por ter presidido ao júri deste concurso. Irresponsabilidade, já há muito apontada pelo PSD, em especial pelos últimos 8 anos sem novas respostas sociais no nosso concelho. Não se compreende ver quem lidera um júri de um processo concursal na Ação Social, uma área em que a transparência celestial e o rigor devem ser os exemplos mais evidentes, apareça ligada a esta trapalhada de resultados.


Quem consultar as atas, percebe ainda mais uma situação pouco clara, que a ata com as classificações da prova de conhecimentos é de 22 junho 2022 e a sua ordenação final é de 11 de agosto de 2022. Dois meses depois, tiveram a desfaçatez de vir alterar as notas das provas de conhecimento e que, como disse, tiveram implicações diretas na classificação final dos candidatos.


Face a este triste episódio, questiono-me como é possível podermos ver que estas pessoas se proponham para avançar com uma instituição de cariz social no nosso concelho quando são capazes de tratar do futuro profissional dos candidatos desta forma tão leviana e irresponsável, colocando em causa o mérito e capacidades quer dos selecionados, quer dos não selecionados.


Espera-se que o atual vice-presidente da Câmara Municipal, que também é responsável máximo pela Ação Social e candidato à liderança do PS do nosso concelho assuma a sua responsabilidade e demonstre não pactuar com este tipo de artimanhas.

Alexandre Costa

Fonte: Gazeta de Paços de Ferreira